Lembra aquela velha e famosa frase sobre a força do pensamento e que querer é poder que achávamos pura besteira ou superstição? Pois é a ciência já provou que isso é verdade e a explicação está na conexão cérebro intestino que ocorre de diversas maneiras no organismo. Vou detalhar tudo pra vocês!
E então o que a nutrição e principalmente alimentação tem a ver com isso? TUDO! E começa com a mastigação. Só o fato de mastigarmos devagar e corretamente já sinaliza para o cérebro ativar o controle de fome e saciedade.
Além disso, temos os canais já bem conhecidos como corrente sanguínea, sistema linfático, e ligação hipófise adrenal. Mas a comunicação direta do cérebro com o intestino é pelo nervo vago que acontece a todo momento e a conversa ocorre de baixo pra cima e vice versa.
Nosso intestino além de ter a função fisiológica de motilidade é um órgão endócrino e imunitário. A maior parte do neurotransmissor serotonina por exemplo, conhecido como hormônio da felicidade é produzido no intestino, sem contar os milhões de neurônios que também vivem ali. O intestino é a casa de trilhões de bactérias e também responsável pela absorção da maioria das vitaminas e minerais.
Então SIM ter pensamento positivo, ser otimista manda informação “alegre” pro intestino que reage a isso gerando mais serotonina e regulação boa hormonal que novamente manda de volta pra cima para o cérebro ficar feliz também. Por isso que também podemos afirmar que comer com CULPA “pode engordar mais”, ou seja, gera um estresse e mensagens negativas são trocadas o que influencia mais desequilíbrio intestinal e produção de bactérias ruins e isso gera mais toxinas que podem acumular nas células de gordura.
Vários sinais e sintomas como dor de cabeça crônica sem causa aparente, enxaqueca de repetição, alterações drásticas de humor, dificuldade de cognição e raciocínio, memória fraca, prisão de ventre, tonturas, fraqueza, entre muitos outros podem ser muito melhorados e até tratados com uma nutrição correta e modulação intestinal. A nutrição vai muito além do emagrecimento.
Bem como fazer boas escolhas de alimentos ricos em fibras como frutas e vegetais e grãos integrais, gorduras boas como castanhas, coco, abacate, azeite de oliva, alimentos que vem da terra como tubérculos e raízes e fontes de proteínas vegetais e animais como feijões, lentilhas, grão de bico, ovo, peixes, carnes brancas e moderada ingestão de carnes vermelhas ajudam a manter uma microbiota intestinal em harmonia e geram menos ansiedade e mais comportamentos saudáveis.
O assunto é muito mais complexo, mas tentei passar aqui uma ideia e principalmente uma mensagem mostrando o quanto importante vem se notando o papel da nutrição e alimentação e hábitos adequados na nossa vida. Um estilo de vida saudável promove saúde, previne doenças, corrige deficiências nutricionais, melhora sinais e sintomas sem causas aparentes e proporciona melhor qualidade de vida.
Texto por: Nutri Manoela Fenilli
Nutricionista formada pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali-SC) em 2007. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional pela VP/Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul-SP). Atendimentos personalizados com foco em modulação intestinal, emagrecimento, câncer, desequilíbrios nutricionais e nutrição para atletas e praticantes de atividade física. CRN 7668
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